A exposição apresenta através de fotos e depoimentos como as mulheres negras criam relações com os seus cabelos crespos a partir da afirmação da identidade negra. Estas relações levam em consideração o âmbito social vivenciado por nós mulheres negras, pois este espaço constrói estereótipos que nos inferiorizam.
A utilização e a aceitação do cabelo crespo é uma ação que enaltece as características fenotípicas de negritude, histórica e socialmente, discriminada e desvalorizada. Sendo assim, esta ação de valorização de uma etnia corresponde a um ato político e de elevação da autoestima.
Black is beautiful!
Projeto de Conclusão do Curso de Comunicação Social da Graduanda Valéria Mattus
Se você participa de algum coletivo e quer ser o representante dele no FOJUNE, não participa de nenhum coletivo mais gostaria de integrar em algum grupo negro que discuta sobre militância racial, seja bem vindo a conhecer e participar do Fórum de Juventude Negra DF.
Abrindo os trabalhos do segundo semestre de 2013 o Fórum de
Juventude Negra, convida a todas as guerreiras quilombolas para uma tarde,
cheia de sensibilidade e expressão, promovendo possibilidades de discussão
acerca da estética da mulher negra.
Em parceria com a Rede de Educação Cidadã+Giseli Matamba
direto de Salvador e Nayara Costa.
Local: Edificio Miguel Badya - 1º andar sala 113
SÁBADO/ 17 DE AGOSTO AS 14HS
contatos pelo tel: email: forumdajuventudenegradf@gmail.com/81327631.
Encontro reunirá redes de todo o Brasil na capital Federal
Produtores
culturais, jornalistas, artistas, autoridades, gestores públicos e
culturais, pesquisadores e estudantes participarão de evento realizado
pela Casa das Redes
Ocorre
entre os dias 18 e 20 deste mês o Encontro de Redes em Brasília, com
uma programação cultural e de debates que conectará movimentos,
ativistas e agentes culturais do DF e de todo o Brasil no intuito de
conectar e dinamizar as relações de cooperação entre grupos e movimentos
de todo o Brasil. Serão realizados oficinas, observatórios, encontros,
mini-conferências, Pós TV, reuniões livres, apresentações e intervenções
artísticas ao longo dos 3 dias. Todas as atividades serão gratuitas e
são esperadas cerca de 1 mil pessoas.
Durante
o Encontro, circulará também a moeda social da Casa das Redes.
Considerada instrumento de desenvolvimento social, ela é destinada a
beneficiar o mercado das trocas, em que produtos, serviços e saberes
facilitam a viabilidade das ações, contas e causas comuns. A Moeda é
baseada na economia solidária, criativa, do conhecimento, gerando uma
economia da vida que transcende a visão exclusiva do capital tangível e
priorizando o desenvolvimento crescente do ser humano e das atividades
que geram o bem estar social. É uma importante tecnologia de colaboração
social complementar à economia tradicional, e estará simbolizada
durante o evento.
As
temáticas abordarão - de forma dinâmica e integrada - diversos temas
que tangem os modos de organização da sociedade civil: cultura digital,
política de drogas, ativismo no século XXI, feminismo, tecnologias
sociais, juventude, cultura popular, meio ambiente, redes em rede,
pontos de cultura, guerra de memes, midialivrismo, rede global de música
são alguns dos temas que permearão as trocas entre os presentes, que
representam coletivos, movimentos sociais, organizações de juventude,
universidades, poder público, povos de terreiro, pontos de cultura e
interessados em participar.
O
encontro inicia um percurso por diferentes campi da Universidade das
Culturas, e que culminará no Emergência, Encontro Global que reunirá no
fim do ano em São Paulo (SP) representantes de redes de cultura,
ativismo, meio ambiente, pontos de cultura e experiências colaborativas
de todo o globo.
Casa das Redes
Presente
em Brasília desde o início do ano conectando movimentos, coletivos e
agentes culturais locais, a Casa atua como uma embaixada ao oferecer
suporte logístico, formativo e multimídia às redes de todo o país e tem
uma parceria com a Fundação Banco do Brasil, no intercâmbio de ações
referentes aos programas de juventude, cultura digital, formação e
inclusão produtiva.
A
Casa das Redes faz uso de tecnologias fortalecidas e aperfeiçoadas ao
longo de anos de trabalho cooperativo de diferentes experiências
socioculturais, e reaplicando-as em diferentes contextos.
Espaço
colaborativo que desenvolve ações e tecnologias sociais visando a
potencialização e o fortalecimento das redes socioprodutivas de todo
Brasil e de outros países da América Latina, a Casa é um ambiente de
confluências para todos os interessados em processos de colaboração
cultural, de trocas de saberes, compartilhamento de experiências e
construção de metodologias, por onde circulam constantemente artistas,
gestores, produtores, jornalistas, comunicadores, pesquisadores, entre
outros atores sociais.
Novas formas de organizações coletivas
O
conceito de rede, cunhado entre o século 18 e 19 pelo pensador francês
Claude Henri de Saint-Simon, alcançou suas experiências práticas mais
visíveis após as intensas experiências tecnológicas que ocorreram em
paralelo à consolidação de uma implacável malha de comunicação.
Nos
últimos anos, especialmente após uma prática governamental que ampliou a
participação popular através de conferências e outros instrumentos de
incidência e consulta popular, o Brasil tem protagonizado cada vez mais
os processos de construção, articulação e metodologia de redes
colaborativas, com representações em todos os tipos de território e
contexto: das favelas e morros cariocas passando pelas palafitas do
norte até os grandes centros metropolitanos e financeiros, conectando
agentes e desenvolvendo soluções para os problemas colocados de ordem
social, urbana, rural, organizacional, de segurança, incidência, de
produção, sustentabilidade, entre muitos outros.
Hoje
no Brasil estimam-se que são centenas de milhares de pessoas envolvidas
em organizações socio-culturais que lidam dos temas do campo às
cidades, debatendo e articulando ações e projetos ambientais, culturais,
econômicos, sociais, políticos, entre outros campos de atuação.
O percurso cultural é a reunião de todas as atividades culturais do Encontro de Redes.
Durante
o Encontro das Redes, a programação oferece uma série de oficinas
voltadas a práticas de intervenções, sustentabilidade e midialivrismo
aos presentes. Serão ministradas ao longo dos 3 dias de programação
oficinas de Cobertura Colaborativa, Pós TV, Permacultura, Serigrafia e
Malabares. A formação livre é prática constante em diversas redes,
realizando trabalho de base a partir de experiências práticas e
vivências.
Inscreva-se: http://bit.ly/OficinaRedes
Exposições
conceituais com debate sobre temas diversos, em busca do aprofundamento
e do levantamento de possibilidades de ação e continuidade.
Emergência
• Banco das Redes • Parlamento das Culturas • Conexões Globais • Nas
Ruas e Nas Redes • Circula Cultura • Cultura Digital • Cultura Urbana •
Momento Copa • Espiritualidade • Politica de Drogas • Tecnologias
Sociais • Juventude • Feminismo • Marcos Regulatórios • Direito Autoral
• Banda Larga Pública • Marco Civil da Internet • Gurizada • Lei Grio •
Lei Cultura Viva
Reuniões
de trabalho, que colocam em contato diferentes atores e experiências,
com encaminhamentos práticos de ações conjuntas de colaboração.
Reuniões
com autoridades, lideranças e gestores do poder público e de redes de
todo o Brasil, que estarão presentes no Encontro de Redes.
Plataforma
midialivrista de transmissão ao vivo, impulsionada por diversos grupos e
coletivos de todo o Brasil. O projeto surgiu como veículo alternativo
às narrativas do meios de comunicação tradicionais e hoje é um forte
instrumento de democratização da informação.
Partido
2.0 • Colaboração Continental • Movimentos Sociais e Culturais •
Sustentabilidade • Economia Coletiva / Comum / Solidária / do
Conhecimento • Novo Mundo Possível • Políticas Energéticas • Guerra de
Memes • Índios em Movimento • Política de Gênero • Formação livre e em
fluxo • Percursos Culturais • Educação Popular • Inteligência
Colaborativa / Coletiva • Políticas Raciais • Ensino Informal / Formal /
Não Formal • Midia Livre • Cidadão Multimidia • Banda Larga Publica •
Ficarálho • NINJA • Conexões Latinas • Políticas de Rede • Comunicação
Popular • Cartografias Colaborativas • Nas Ruas e nas Redes • Revolução
Permanente • Terrorismo Poético • Circula Cultura • Residências
Artísticas • Roça / Rural • Interações Estéticas • Sinapses Criativas •
SomosTodosGay • Nova Musica Brasil • Rede Global de Musica • Brasil
Profundo • Novíssimo Cinema Brasileiro • Engenharia de Informação •
Cooperação Internacional • Colaboração Cultural • Redes em Rede •
Cultura de Rede • Banco das Redes • Desmatamento zero • Água • Resíduos
Sólidos • Belo Monte • Recliclagem • Permacultura • LGBT • Cidade Que
Queremos • Mundo que Queremos • Norte Conectado • +Amor
Redes
em Rede • Ninja • Hip Hop • Meio Ambiente • Cultura Popular • Rede
Brasil de Festivais Independentes • Universidade das Culturas • Redes em
Redes • Narrativas CO / Midia Livre • Cartografias Colaborativas •
Cultura DF • Pontos de Cultura • Circuito CO de Festivais Independentes
SERVIÇO
O QUE
Encontro de Redes
QUANDO
18, 19 e 20 de Junho
18/06 - Terça
10h às 12h:
-Credenciamento
-Oficina de Cobertura Colaborativa
14h às 16h:
-Oficina de Cobertura Colaborativa
-Expresso 168: Comissão de Cultura no Congresso
-Feira Livre
16h30min às 18h30min
-Roda Livre de Break
-Oficina de Serigrafia
-Pós TV: Esquenta
-Projeto Pau Pereira
-Reuniões Livres
-Projeto Pau Pereira
-Reuniões Livres
-Compacto.Arte
-Aeromoças e Tenistas Russas
-No Ritmo da Vida Loka
18h30min às 20h
Abertura Oficial
20h às 22h
-Space Night Love Dance Laser
-GOG
19/06 - Quarta
10h às 12h
-Observatório Cultura Digital e Software Livre
-Manifestação: Casamento Igualitário | Local: SDH Senado Federal - Plenário II
-Observatório Brasil Profundo
-Encontro Artes Visuais e Cultura Urbana
-Pós TV: Observatório Economias Possíveis
-Oficina de PosTV
-Encontro Hip Hop
14h às 16h
-Encontro Rede Brasil de Festivais
-Observatório Partido 2.0: Protagonismo, participaçao e gestão compartilhada
-Encontro Cartografias Colaborativas
-Compacto.ARTE - Especial com participação de Cranio
-Encontro Universidade das Culturas
-Oficina de PosTV
16h30min as 18h30min
-Observatório Circula Cultura: circuitos, residências e percursos
-Observatório Brasil: Embaixada do Novo Mundo Possível
-Observatório Marcos Regulatórios: Revendo as Regras do Brasil
-Orq. Popular Menino da Ceilandia
20h às 22h
-Observatório Direitos Humanos: Generos, etnias e raças
-Observatório Maio Ambiente X Ambiente Inteiro
-Encontro Ninja: Narrativas de um Novo Mundo
-Criolina Champagne
20/06 - Quinta
10h às 12h
-Encontro de Circuito CO de Festivais
-Encontro Redes em Rede
-Oficina de Redes Sociais
-Observatório Filhos de um novo mundo
-Observatório Política ou Polícia? Por uma outra Politica de Drogas
-Oficina de PosTV
14h às 16h
-Encontro Cartografias Colaborativas
-Observatório Nas Ruas e Nas Redes
-Encontro Cultura Popular
-Encontro de Circuito CO de Narrativas
-Oficina de PosTV
-Observatório Audiovisual
-Observatório Marcos Regulatórios: Revendo as Regras do Brasil
-Encontro Redes DF
-Observatório Meio Ambiente
-Observatório Juventude
20h às 22h
-Sarau das Redes
-Martinha do Coco e Grupo Tamnoá
ONDE
Casa das Redes: Quadra 703, Bloco O, Casa 38, Asa Norte - Brasília (DF)
Por Que
Conectar e dinamizar as relações de cooperação entre grupos e movimentos de todo o Brasil.
___
Inscreva-se e participe: http://bit.ly/InscricoesRedes
Para mais informações, acesse: http://casadasredes.org.br/
Entre em contato: (61) 3264 6131
casadasredesbsb@gmail.com
A Lei Griô,
em tramitação no congresso nacional, tem como objetivo a valorização
dos mestres e mestras portadores dos saberes e fazeres da cultura oral e
o fomento da transmissão desta tradição. Seu principal mecanismo é a
oferta de bolsas de incentivo para os griôs, mestres da tradição oral,
para que eles promovam o encontro de tais saberes com a educação formal
através de encontros regulares de compartilhamento e troca de
experiências de educação e cultura.
A Organização da Unidade Africana escolheu o dia da sua constituição, 25 de Maio de 1963 como o Dia da África, para o mundo celebrar e lembrar os africanos, medindo o progresso que este continente fazia e faz na comunidade internacional.
Em 2012, comemoramos 49
Anos desde a criação, em Addis Abeba (Etiópia), da Organização de
Unidade Africana (OUA), em carta assinada por 32 estados africanos já
independentes na altura.
A África é um
continente com aproximadamente 30,27 milhões de quilômetros quadrados de
terra. Ao norte é banhado pelo Mar Mediterrâneo, ao leste pelas águas
do oceano Índico e a oeste pelo oceano Atlântico. O Sul do continente
africano é banhado pelo encontro das águas destes dois oceanos. É o
segundo continente mais populoso do Mundo (depois da Ásia), com
aproximadamente 800 milhões de habitantes.
Nos debates sobre raças e racismo pouco se fala sobre “branquitude”.
E foi a partir desta constatação que a pedagoga e professora de
educação infantil, Luciana Alves, demonstrou que ações afirmativas, como
a lei sobre ensino da cultura africana, só fazem sentido se forem
realizadas em ambiente de reflexão e reconstrução sobre o “ser branco”.
O tema “miscigenação” é muito falado no
Brasil, mas o que se esconde por trás desse discurso é uma cultura que
atualiza o racismo. A escola se apresenta como instituição
discriminatória, onde o assunto “branquitude”
é pouquíssimo discutido nos debates sobre raça. Essa situação colabora
para que o branco se sinta superior e em posição de neutralidade a
respeito do tema, fazendo perpetuar a “positividade da brancura” e os
estereótipos negativados do “ser negro”.
Para realizar seu estudo Significados de
ser branco – a brancura no corpo e para além dele, Luciana entrevistou
10 professores de ensino básico, sendo 4 autodeclarados brancos e 6
negros, a fim de saber o que pensavam sobre “o que é ser branco no
Brasil”. O estudo foi apresentado na Faculdade de Educação (FE) da USP. A
pesquisadora conta que os professores foram selecionados para o
trabalho quando participavam de um curso sobre a Lei 10639/2003, que
obriga o ensino de cultura e história africana e afro-brasileira nas
escolas.
Metade branca
No Brasil, cerca de 50% da população se
autodeclara branca, denunciando que no País onde existe um discurso
sobre a mistura de raças ainda há motivos que levam as pessoas a se
declararem brancas, mesmo sendo provenientes de família mestiça.
De acordo com Luciana, esses motivos estão relacionados aos
“significados de ser branco, para além da cor da pele”. Esses
significados são um conjunto de
características atribuídas culturalmente às pessoas que se reconhecem e
são reconhecidas em suas comunidades como brancos.
“Ser branco é não ser negro”, disse um dos
entrevistados. Tal resposta evidencia que o significado de ser negro
geralmente já é construído como o contrário de ser branco. Por causa
dessa mentalidade, é muito comum
perceber no dia-a-dia situações em que “ser negro” é relacionado a
características negativas. Em contra partida, o que é associado à
brancura são valores positivos, socialmente estimados. A inteligência, a
castidade, a beleza, a riqueza, a erudição e a limpeza,por exemplo,
seriam características de um “negro de alma branca”, expressão utilizada
por um dos professores entrevistados.
Nas entrevistas, o que ficou claro nas
falas dos negros, além da tal positividade da brancura, foi a sensação
de medo, insegurança, opressão e desconfiança. Isso confirma a imagem do
branco como potencialmente opressor para os negros, construída e
atualizada ao decorrer da história.
As respostas dos professores brancos sobre
“ser negro” geralmente recorriam aos estereótipos muito bem fixados no
imaginário popular. Quando falavam de suas infâncias, lembrando momentos
em que presenciaram situações de discriminação, evidenciavam que desde
aquela época esses estereótipos, criticados por eles atualmente, já
estavam sendo construídos.
Essa construção coloca a “brancura” como
padrão, como norma, e é essa padronização a principal responsável pela
atualização do racismo no Brasil, segundo a pesquisa. “As memórias dos
professores revelam a neutralidade de sua pertença racial, indicando que
ser branco é não ter que refletir sobre esse dado”, constata a pesquisadora.
Nas escolas
O racismo ainda existe e permeia o
cotidiano do brasileiro e, nas escolas, não é diferente. Segundo
Luciana, a melhor forma de não atualizar a discriminação nas salas
de aula é colocar o tema “branquitude”
em pauta. “É preciso entender que os brancos também formam um grupo
racial que defende seus interesses, e acabam se beneficiando, direta ou
indiretamente com o racismo”, diz a pesquisadora.
Ela acredita que deve haver no ambiente escolar oportunidades de se
discutir e questionar a adesão à ideia de superioridade da brancura.
— É aí que entra a formação adequada dos
professores, como aposta para que a idealização branca deixe de ser
objeto de desejo para negros e brancos, pois ela pressupõe hierarquia
— descreve a pesquisadora. Nas salas de aula, a brancura ainda é
construída como referência de humanidade, onde “o branco é sempre o
melhor exemplo”.
Galera, não se esqueça de reservar neste DOMINGO, um tempo da sua agenda para 3° edição do TARDES NEGRAS. Essa
edição tá cheia de novidades, o FOJUNEDF prepara uma tarde acolhedora,
animada e reflexiva, com o tema ABOLIÇÃO PRA QUEM?, trará um painel onde
as pessoas poderão responder essa pergunta, além de algumas falas significativas sobre o tema. Lembraremos de nossos ancestrais e
traremos alguns depoimentos, traga fotos de seus ancestrais para
expormos no painel e venha de ROUPA BRANCA ou CLARA. Além disso, será
comemorado o aniversário de 1 ano do FOJUNEDF e claro que o nosso bolo
será uma deliciosa FEIJOADA, ficou com água na boca né? Hummm... eu
também, então corre e compre o convite da FEIJOADA, está a venda por 10
reias, mas também poderá ser adquirido no local. A entrada... continua sendo GRATUITA, estamos cobrando somente a FEIJOADA, beleza. Um
bom SAMBA DE RODA muita gente bonita, e claro um BRAIDS STYLE, isso
mesmo direto de sampa para Brasília, teremos o Sr. Dreads fazendo o
melhor da trança e dreads em sua cabeça. E pra fechar o pacote nesta
edição teremos novamente uma FEIRA DE TROCA, então vai separando um
SORRISO GOSTOSO, o cabelo para trançar, os pés pra sambar, e algum
objeto que não queira mais, no entanto está em bom uso pra trocar e nos
encontre no DOMINGO, na CASA DA CAPOEIRA.
Qualquer dúvida entre em contato! AFRO ABRAÇOS E ATÉ 19 DE MAIO - 13HS
9º Concurso de Estilo de Cabelo Afro aconteceu no domingo (12) em Cali.
O Concurso de Penteado Afro da Colômbia
é o mais colorido do mundo! Muita cor, muita trança e algumas obras de
arte podem ser vistas neste concurso, onde o vencedor maior é a
comunidade negra da Colômbia, que não perdeu suas raízes e influências
africanas. Este Concurso de Penteado Afro é uma das
formas dos descendentes dos africanos que foram escravizados, hoje cerca
de 20% da população colombiana, de cultivarem suas origens e tradições. O Concurso acontece na cidade de Cali, na
Colômbia, já na sua nona edição, aconteceu neste final de semana. Uma
competição diferente, que desafia a habilidade das cabeleireiras e
estimula a preservação da história do país. Tranças, tecidos coloridos e
muita criatividade. Veja mais fotos abaixo da nona edição de um
campeonato de penteados afro-colombianos: Veja mais fotos como esta em Afrokut FONTE: http://negrosnegrascristaos.ning.com/profiles/blogs/concurso-de-penteado-afro-da-colombia?xg_source=msg_mes_network
O americano Kumi Rauf, de 28 anos, pode ser chamado de um dos Midas
das redes sociais. Ele é o criador da página “I Love Being Black” (“eu
amo ser negro”, em tradução livre), a fan page com temática negra que
tem o maior número de seguidores no Facebook. São, ao todo, mais de seis
milhões.
A página surgiu como suporte da sua empresa de roupas e acessórios,
mas acabou virando uma febre em todo o mundo. Criada em 2005, o espaço é
hoje um negócio que vende milhares de pulseiras, camisetas, calendários
e demais acessórios com mensagens de valorização da identidade negra e
uma grande vitrine para modelos entrarem no mercado internacional de
moda.
Escolhido pela prestigiosa organização americana Urban Leaguecomo um
dos mais influentes líderes afro-americanos com menos de 40 anos, Kumi
desistiu de sua carreira no mercado de tecnologia na Califórnia para se
dedicar a construir um movimento virtual que já o levou a visitar
diversos países do mundo fotografando pessoas negras.
Além disso, Kumi também palestra sobre o uso correto e direcionado
das redes sociais e sobre a tecnologia à favor da identidade racial.
Recentemente, o jovem empresário esteve no Brasil para uma palestra em
Salvador, na Biblioteca Pública do Estado.
Ele contou que logo após ter se formado, enfrentou dificuldades no
primeiro trabalho na área. “O racismo foi o primeiro golpe. O golpe n.º 2
foi o salário baixo e o 3º foi colocar limites na minha liberdade”,
relatou Rauf que trabalha atualmente com os pais, dois irmãos e uma
amiga. Ele pretende contratar ainda mais duas pessoas.
“Algumas pessoas interpretam ‘eu amo ser negro’ como se fosse ‘eu
detesto os outros’, mas não é verdade. Essa não é a nossa intenção.
Nosso objetivo não é só o lucro. As pessoas que a gente faz propaganda
são escolhidas a dedo. Recentemente tive que devolver um cheque de mil
dólares porque era de uma empresa que não queríamos ter relações
financeiras”, destacou.
A página “I Love Being Black” está atualmente no top 500 de cerca de
42 milhões de páginas do Facebook em termos de base de fãs. Está ainda
no “top 20″ de todas as páginas de roupas no Facebook, a frente de
marcas tarimbadas como of Dolce & Gabbana, Ralph Lauren, Old Navy e
Armani.
Ao chegar a Brasília há sete anos, Josinaldo da
Silva tinha apenas R$ 900 de mesada da Funai e um currículo escolar tão
pobre quanto o bolso
FLÁVIA TAVARES
DE COCAR NO DIA DA FORMATURA
Josinaldo da Silva esperava com ansiedade sua vez de receber o pedaço
de papel que coroaria sete anos de sua vida. Mal enxergava a família,
que, após deixar Petrolina, em Pernambuco, e voar 1.550 quilômetros, acomodara-se discretamente no fundo do auditório do Quartel-General do Exército, em Brasília.
Seus olhos divisavam apenas quem, nas primeiras fileiras, lhe
entregaria o canudo em instantes. Quando o mestre de cerimônias
pronunciou seu nome, Josinaldo viu o pajé Álvaro Tukano soerguer-se,
orgulhoso. Carregava nas mãos um enorme cocar de penas de gavião,
similar ao que ostentava na própria cabeça. Aproximou-se de Josinaldo,
tirou-lhe o capelo, substituiu-o pelo cocar, pôs as mãos no ombro do
pupilo e – súbito – encostou sua testa na dele. Josinaldo ficou sem
reação: não esperava esse gesto. Nem o que aconteceria depois. A plateia
e os outros 39 formandos ficaram de pé para aplaudir o primeiro índio
formado em medicina pela Universidade de Brasília (UnB).
A noite de 1º de fevereiro deste ano encerrou a improvável jornada que
começara em 18 de abril de 2006, quando Josinaldo, da etnia aticum,
chegara a Brasília. Chegara graças a seus esforços e a uma parceria
entre a UnB e a Funai,
pela qual ele obtivera sua vaga na UnB. Josinaldo vivia, com os cerca
de 5 mil índios aticuns, na Serra do Umã, sertão de Pernambuco. Ao
chegar a Brasília, tinha apenas R$ 900 de mesada da Funai e um currículo
escolar tão pobre quanto o bolso. Mal conseguira um teto, já tinha de
vestir o jaleco branco. Começara as aulas com a disciplina mais temida
pelos novatos: anatomia. “Levaram a gente para uma sala com cadáveres,
foi a primeira vez que vi, um choque. Entrar num ambiente cheio de
corpos é para saber se você quer mesmo estar ali”, diz.
Josinaldo se sentia estrangeiro em Brasília. Pela primeira vez, sentiu o
que é ser diferente dos outros. Não conseguia fazer amizades. A solidão
lhe doía. Nos primeiros meses de aula, tinha apenas um amigo: Jânio, da
etnia baré, do Amazonas,
também estudante de medicina. Os dois dividiam um quartinho e as
angústias. A família de Jânio, porém, estava com muitos problemas – a
mãe doente, o pai alcoólatra. A pressão foi grande para que ele voltasse
à aldeia. Jânio voltou. Um mês depois, matou-se. “Foi como perder um
irmão. A gente conviveu pouco tempo, mas intensamente”, diz Josinaldo. >> “Decretem nossa extinção e nos enterrem aqui” >> Sobrenome: “Guarani Kaiowa”
No primeiro semestre, Josinaldo foi reprovado em duas matérias. E
depois em mais uma. Quando pensou em desistir das aulas de imunologia,
difíceis demais, foi motivado a continuar pelos companheiros. “Fiz
poucos amigos na universidade, mas os que fiz foram de verdade”, diz.
Foram eles que bancaram os dois primeiros estetoscópios de Josinaldo –
os equipamentos custavam R$ 150 cada um, uma pequena fortuna para ele. E
o ajudavam quando o dinheiro da Funai atrasava. “A hombridade dele
sempre me impressionou. Ele é reservado, mas fala de suas raízes com
orgulho e nunca deixa de cumprir um compromisso”, diz Felipe Machado, um
dos amigos da faculdade. >> O sertanista que passou 42 anos protegendo os índios
Josinaldo é um dos cinco indígenas formados até aqui na UnB pela
parceria firmada em 2004 com a Funai. Hoje, há 63 alunos indígenas na
universidade. São estudantes de 31 etnias diferentes, distribuídos em
cursos como administração, sociologia e agronomia. O convênio não é
exatamente uma cota, como no caso dos alunos negros. Desde 2006, a UnB
cria dez vagas por semestre exclusivamente para os índios. Os alunos que
entram pela cota de negros ocupam 20% das vagas já existentes nos
cursos. No quinto semestre, a solidão dos tempos de calouro deu lugar ao
reconhecimento orgulhoso da identidade. Josinaldo e os demais índios da
UnB dançavam pelos corredores da universidade, em manifestações “contra
o preconceito”.
CAPÍTULO 2
DE COCAR NO RITUAL DA ALDEIA
A dança que Josinaldo fazia no campus, sem camisa, de calça
jeans e cocar, andando em círculos e batendo o pé no chão, chama-se
toré. É a mesma que praticava quando era criança. Josinaldo adorava
participar do ritual que acontecia a cada 15 dias. Era o escape de sua
rotina de roça. Terceiro de seis irmãos, ele mal conheceu o pai, que os
abandonou e, anos mais tarde, foi assassinado numa briga. Com 6 anos, já
ajudava a mãe a capinar as plantações de mandioca, milho, abóbora e
feijão. Nos dois meses do ano em que chovia, o trabalho era diário. A
família largava a casinha de pau a pique da aldeia sem saneamento para
subir a serra. Lá, Josinaldo se instalava com a mãe e os irmãos numa
palhoça, dormindo no chão. Também colhia algodão nas fazendas da região.
Estudar não era prioridade. Mas Josinaldo queria tanto aprender que
dava um jeito de recuperar as aulas perdidas na única escola da aldeia,
que só chegava à 4ª série. Quando terminou, em 1989, queria continuar
estudando. Refez o ano três vezes. “Virei pós-doutor em 4ª série”, diz
Josinaldo, rindo. >> IBGE registra crescimento de 205% na população indígena do país
Em 1995, surgiu a oportunidade: construiu-se uma escola de 5ª a 8ª
série no quilombo Conceição das Crioulas, vizinho ao povoado de Mulungu.
A história das seis negras libertas que fundaram o quilombo, no
comecinho do século XIX, se mescla com a dos aticuns – e a herança está
no rosto mestiço de Josinaldo. Ele percorria todo dia, de jumento ou
bicicleta, rodeado de outras crianças, os 6 quilômetros até o quilombo.
Para fazer o ensino médio, o caminho era mais longo, de ônibus: 48
quilômetros até a cidade de Salgueiro. Depois de estudar e ainda ajudar a
mãe na roça, Josinaldo se reunia com os familiares. A aldeia não tinha
luz. Eles acendiam uma fogueira e ouviam os mais velhos contar
histórias.
Já crescido, Josinaldo começou a trabalhar como agente de saúde,
cuidando de sua aldeia. “A gente sabia que era ruim, mas, indo de casa
em casa, é que vi”, diz. O chão batido dos casebres sem esgoto, sem
comida, inundados durante os meses de chuva... Josinaldo conta que
visitou uma mãe que amamentava um bebê e notou que as costelinhas do
menino estavam à mostra, marcadas na pele fina. “Aquilo foi o que mais
me doeu. Foi quando comecei a sonhar em ser médico. Era a utopia da
utopia.” >> Raoni: "Pode ser que nos matem, mas vou com meus guerreiros impedir Belo Monte"
Em 2005, Josinaldo soube do convênio entre a Funai e a UnB. Fez o
vestibular no ano seguinte.“O pessoal da Funai ligou para dizer que eu
havia passado. Achei que era trote. Demorei a acreditar.” Com cinco
mudas de roupa, meia dúzia de livros e o aval de seu povo, que
recomendou seu nome para a Funai, Josinaldo partiu para Brasília. Foram
sete anos até o jaleco branco com o bordado no bolso: “Dr. Josinaldo
Silva”. >> Outras histórias da seção Caso Extraordinário
CAPÍTULO 3
DE JALECO BRANCO NO POSTO DE SAÚDE
Numa tarde escaldante de março, a salinha do Posto de Saúde do distrito
de Santa Maria, em Flores de Goiás, a 210 quilômetros de Brasília, está
cheia. Dona Orica, de 59 anos, está ansiosa por ser atendida, depois de
meses em que o posto ficou sem médico, pelo doutor novo que chegou na
semana anterior. Josinaldo sai da sala com uma prancheta nas mãos e
chama dona Orica. Depois outro, e outro... Atende sem parar, das 7 às 16
horas. No fim do expediente, dorme num quartinho minúsculo no fundo do
próprio posto. Josinaldo está lá por causa do Provab, programa do
governo federal que oferece R$ 8 mil de salário a médicos recém-formados
que topem trabalhar nesses rincões sem estrutura. Ele ficará em Santa
Maria por um ano. Depois, seguirá para Planaltina, na periferia de
Brasília, para fazer a residência de dois anos em medicina de família,
área que escolheu. >> Uma tragédia indígena
Josinaldo se sente na obrigação de voltar daqui a três anos para sua
aldeia, para retribuir a confiança que seu povo lhe deu. O convênio da
Funai com a UnB não prevê oficialmente a contrapartida da volta – ela é
firmada entre o índio e as lideranças de suas aldeias. A aldeia Mulungu
de hoje é bem diferente da aldeia Mulungu da infância de Josinaldo. A
luz chegou em 2001, todo mundo tem televisão e celular, e as famílias
agora constroem fossas sépticas com a ajuda do governo. Josinaldo também
mudou. Comprou um carro e arrumou uma namorada, estudante de
psicologia. Sua família não vive mais lá. Partiram para ganhar a vida em
outras cidades de Pernambuco e em São Paulo. “Saí de lá com um
propósito. Teve um povo que disse para eu vir. Quero voltar, me sinto
nessa dívida”, diz Josinaldo. “Espero que daqui a três anos eu continue
pensando isso.”
fonte: época
O dia 13 de maio é
considerado o Dia Nacional de Denúncia Contra o Racismo, data em que foi
assinada a Lei Áurea, que aboliu a escravidão no Brasil, em 1888.
A Lei Áurea foi assinada pela Princesa Isabel em 13 de maio de 1888. A
lei marcou a extinção da escravidão no Brasil, o que levou à libertação
de 750 mil escravos, a maioria deles trazidos da África pelos
portugueses.
A assinatura da lei foi conseqüência de
um longo processo de disputas. Logo antes da elaboração do deputado
conservador João Alfredo, muitas manifestações pedindo a libertação dos
escravos já ocupavam as ruas, principalmente em São Paulo e Rio de
Janeiro.
Na verdade, os escravos já estavam
mobilizados em torno desta causa havia muitos anos. Um dos primeiros
ícones da luta pela libertação dos escravos, considerado o mais
importante até hoje, foi o movimento do Quilombo dos Palmares, liderado
por Zumbi dos Palmares.
Escravos fugidos ou raptados de senzalas
eram levados para o território, que chegou a ter 200 quilômetros de
largura, em um terreno que hoje corresponde ao estado de Alagoas, parte
de Sergipe e de Pernambuco. O movimento, iniciado por volta de 1590, só
foi derrotado cerca de 100 anos depois, em 1694. Um ano depois, Zumbi,
traído por um homem de sua confiança, foi assassinado. A data de sua
morte, 20 de novembro, é muito comemorada pelo movimento negro e foi
oficializada como o Dia Nacional de Denúncia contra o racismo.
Mas o começo da liberdade ainda demoraria
para acontecer. Os primeiros passos, antes da Lei Áurea, foram a Lei do
Ventre Livre (1871) e a Lei dos Sexagenários (1884). A primeira
estabelecia que os filhos de escravos ficavam sob os cuidados do senhor
de suas mães até 8 anos. Depois, o senhor poderia libertá-los e receber
indenização ou usar seus trabalhos até os 21 anos, depois eles estariam
livres. A segunda dizia que os escravos estariam livres quando
completassem 60 anos. Mas antes da liberdade total, deveriam trabalhar 5
anos de graça como indenização aos senhores pelos gastos com a compra
deles.
Só então é que veio a Lei Áurea. Mas
mesmo depois da lei, os ex-escravos batalharam bastante para sobreviver,
porque não tinham emprego, nem terras, nem nada. Muitos deles
arranjaram empregos que pagavam pouco porque era tudo que os brancos
lhes ofereciam. Os movimentos de consciência negra surgem como forma de
protestar contra esta desigualdade social e contra o preconceito racial.
Hoje, 13 de maio é o Dia Nacional de Denúncia contra o Racismo.
E você com isso?
É compromisso de todo mundo lutar por um
mundo mais justo, e está incluída aí a justiça racial. Afinal, além de
sofrer com as desigualdades sociais, a população negra sofre também com o
maior câncer da sociedade brasileira: o racismo.
O país acompanhou recentemente as
declarações de um Parlamentar do Rio de Janeiro, que em um programa de
TV afirmou que seus filhos não correm o risco de namorar uma mulher
negra ou virarem gays, porque “foram muito bem educados”, relacionando a
relação entre brancos e negros com “promiscuidade. Na mesma semana
outro deputado, desta vez um de São Paulo, usou o twitter para dizer que
“os africanos são amaldiçoados”.
Infelizmente as palavras destes
parlamentares racistas soam apenas como versão em prosa e verso de uma
dura realidade que, 123 anos após a abolição, persiste: a morte física,
cultural e simbólica de negras e negros.
Todos os seres humanos merecem respeito
carinho ou atenção, independentemente da cor da sua pele. Isto significa
que você deve tratar bem todos os seus colegas e seus conhecidos, não
importa se ele é branco, negro ou oriental.